quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Casa de poeta





Eu sei escrever, sempre soube,
Mas nunca tive onde
Poder deixar a azul
Marca da minha caneta de pena,
Que de tanto ter esperado
Para estriar a minha bela tinta
No papel de um poeta
Secou e perdeu a vida
Que toda uma existência esperei,
Para que ela pode-se trabalhar.

O meu mundo é feito
De belas palavras com sentido,
O meu mundo é a estrofe
A minha casa é o verso
Cada um de nos
Tem vida devido à
Palavra de quem todos
São filhos, a palavra mãe
Da nossa esperança
A palavra que originou
O nosso ser, a nossa misteriosa
E estranha aparição
A palavra «vida» que,
Um dia eu, o poeta
Decidi escrever e partilha
Com todos, e todos juntos
Criamos o nosso universo
Todos juntos formamos o poema.

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